Não quero falar de dor
Nem do cinza que se tornou tudo isso.
Não quero dizer, pois, que me perdi.
O caminho é o mesmo, pedras não mudam rotas, retardam a chegada.
Não vou pensar.
Nunca encontro saídas, melhor não arriscar.
Vontade de esquecer é lembrar.
Querer e desejar, pecado; amar...
É tudo ausência,
De mim, de você.
Do tempo e pensamento.
Até quando perdurar
Por onde eu for,
Dúvidas irão me acompanhar.
Já não me importa mais dizer
Que viver é não saber.
Só quero uma certeza
Mas essa não cabe aqui dizer.
NASSERALA, Nassara*