domingo, 20 de junho de 2010

arassan*



Hoje.

Dois um, dois.

Dia de Machado e dela, coincidência ou destino?

Mês do meio; centro; divisor de águas.

Comemora-se a primavera,

Anuncia-se a chegada do inverno e astrologicamente sentimentos no ar.


Não haveria melhor data se não esta.

Para aquela que possui todo um mundo dentro de si e um vazio profundo.

Mundo novo, cheio de loucuras, ou seriam verdades?

Depende de quem vê.

Aqueles que olham, nada sabem.


Assim como ar nos pulmões ela tem sonhos no sangue, na alma e noutra vida.

Castanho nos cabelos, rubros lábios, todas as cores no espírito.

Sabe o que quer.

Mas, Sabe, também, que finais são novos recomeços.

Enquanto não se acorda, tudo se pode fazer, ser.

E ela é.

Todas numa só.


Honra-se do nome e das origens.

Acredita em fadas e nos seus contos.

“Vive no mundo da lua olhando estrelas”.

E, continua, sempre, na espera dos dias que pinta em sua mente.


Hoje,

É meu dia.

Vinte um dias, vinte um anos.

Comemoro ou enlouqueço?

Na verdade, preferia ver um coelho branco, como Alice.

Conheceria o meu mundo dos sonhos e o faria minha realidade; (mais feliz).


NASSERALA, Nassara*

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Smile

o de 201

Já notou a imensidão de um sorriso?

Imensurável, belo cintilar de dentes e olhos.

Descrevo-a como se história fosse,

Do início ao desfazimento.



Motivo incerto, com ou sem razão.

Lateralmente tímido, desesperançoso.

Mutação; de lagarta a borboleta.

E o porquê insistente,

Traz ao meio dos lábios,

"imparmente" perfeito.



Chega-se ao ápice.

“Ao brilho dos olhos comparável a luz do luar”

E, partindo dos céus volta-se a terra.

De ontem tudo começou,

Com ou sem porquês.

Só pra terminar, por fluxo natural.

Até quando haja razão (e até sem ela) para sorrir novamente.


NASSERALA, Nassara*

domingo, 13 de junho de 2010

Amar

Verbo intrometido, no infinitivo, tão infinito...

Talvez nem tanto, por hoje já seria o bastante.


Além do que se vê e do que se possa descrever.

Às vezes certo, incerto; Cinza ou colorido;

Uns com estrelinhas, outros fúnebres.

Todos amor.


Amor é amor até quando e quanto se pode tê-lo.

Dar-te-ia como conselho não amar

Mas, como seguir? Não se escolhe.

Quem ou quando.

Ama-se e “desama-se” assim...

Sem qualquer explicação ou licença.


Esqueça as lógicas, matemáticas os horóscopos.

Os anjos brincam...

“Uni-duni-tê...”

Escolhi você.


E o que fazer então?

Envenene-se.

Como vinho de Dionísio, beba-o até o último momento.

Chegue aos céus, cumprimente Afrodite

e quando acabar, não tenhas dúvidas,

Renascerá.

Porque amor é ciclo.

Do fim ao novo começo.


NASSERALA, Nassara *

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Real

Certa noite sonhei que me perdia.

Mais um dia cinza, "normais pessoas"

cachorros, casas e até o vento eu podia sentir.

Não sabia bem ao certo pra onde estava indo;

Não haviam placas indicando o caminho

E eu simplesmente caminhava em direção ao desconhecido.

Passei por você e não fui notada.

Gritei e ninguém ouviu.

Aquele que ouviu sequer entendeu o que eu dizia.

Talvez fosse dialeto próprio e morto; Não sei,

não houve comunicação, não houve ninguém para quem eu pudesse pedir ajuda ou que estivesse caminhando na mesma direção.

Ainda assim, segui.
medo e ansiedade confundiam-se,

Afinal, estranho não saber quem é, onde está e para onde vai.

Mas a certeza de que a caminhada tinha fim e novo começo

e de que a glória lá estaria a me esperar

Guiaram-me.

E já não sentia mais os passos, o corpo.

Era só mente e espírito;

Eu e pensamento;

Acordei.

Ou será que comecei a dormir?

NASSERALA, Nassara *