sábado, 9 de abril de 2011

Felicidade

Ah, feliz idade...

De cor, sabor e melodia.

Aurora traz melancolia;

Suspiros ao longo dos dias...


Amores vãos,

E um bocado de razão

Trazem a imensidão do universo

De verdade- ilusão.


Mas, se codinome é,

Aproveitas que não evapora.

A hora de ser feliz é agora;

Esqueça outrora.


Nassara Nasserala

domingo, 3 de abril de 2011

Tentação

Mais um dia

Que resisto a você.

Mais uma noite

Que meus pensamentos insistem em te querer.


Não tenho o dom de não sentir.

Não seria eu, se assim fosse.

Sinto. E como sinto...

Todos os meus sentidos, até os mais secretos,

Respiram a vontade de descobrir

O sabor que tem esse olhar que se perde a me evitar.


Imagino, idealizo

Sem muito esperar...

Tudo pelo momento

Que não se pode deixar escapar.


Bem que podias,

Agora que sabes da minha agonia,

Sossegar esse coração,

Que sabe poder resistir a tudo

Menos à tentação.



Nassara Nasserala

domingo, 20 de março de 2011

"Amor Bandido" :O Sentimento Que Envolve A Mulher No Tráfico Ilícito De Drogas

A vontade de tornar efetiva a igualdade de que trata o artigo 5º da Constituição Federal fez que as mulheres lutassem, durante séculos, para obter seu espaço e ter direitos iguais aos homens, principalmente, no ramo profissional.

Nos últimos anos, a presença feminina tornou-se mais evidente no mundo dos negócios, sejam lícitos ou não. O “amor bandido”, traço de subserviência, apresentou e trouxe às mulheres uma função fundamental no âmbito do tráfico de entorpecentes.

Pode-se dizer previsível o aumento nos índices de envolvimento feminino no tráfico de drogas. São elas as ferramentas que faltavam para alavancar o comércio que mais cresce no mundo. Diferentemente da figura masculina, as mulheres, mais cautelosas e dedicadas, não são alvos de suspeitas, bem como tendem a ser mais lucrativas, posto que entre elas o uso e a dependência não são comuns. Para a secretária de segurança publica de Goiânia, Renata Chein, as mulheres são alvos muito mais complexos de investigação policial quando inseridas nas organizações para o trafico. “Quando ela chefia a quadrilha, a polícia tem muito mais trabalho para chegar até elas, sobretudo porque não costumam levantar suspeitas. Ela lembra, ainda, que quando estava à frente do GENARC, foi justamente uma mulher a responsável por um dos maiores carregamentos de maconhas trazidos para Goiânia. “Apreendemos sob seu poder uma tonelada. A droga estava escondida num caminhão de gado, escondida num fundo falso, sob o esterco. Em momento algum ela (a acusada) se aproximou da droga", recorda-se, lembrando que a mulher, presa várias vezes por tráfico, chefiava uma quadrilha formada por outras mulheres. “Elas se inserem nesse mundo do crime quase sempre seguindo o companheiro, mas costumam desempenhar suas funções melhor que eles”, completa Renata Chein.

O ingresso nessa nova atividade laboral tem a origem, intimamente, ligada às relações amorosas com parceiros traficantes. Elas, sejam esposas ou namoradas, na tentativa de auxiliar o companheiro, ou mesmo nas finanças da família, assumem o risco de transportar – as chamadas mulas, armazenar ou, simplesmente, esconder drogas, praticando as figuras descritas no artigo 33, da Lei 11.343/06.

Outro exemplo claro do ingresso feminino no âmbito do tráfico consiste na obrigação de dar continuidade aos negócios quando aquele que os iniciou findou-se encarcerado. Neste momento, a mulher torna-se, pois, a chefe da família, assumindo os “negócios” e, muitas vezes, estabelecendo funções aos demais entes do seu instituto, gerindo uma verdadeira organização criminosa.

Faz-se necessário destacar, ainda, as mulheres que, embora não pratiquem propriamente a traficância, são obrigadas a omitir o delito praticado por seus companheiros, seja por ameaça ou por ser este o único meio de manter o sustento familiar. Desta feita, não há como tornar culpável tal atitude, partindo do pressuposto de que delas inexige-se conduta diversa, ante as circunstâncias nas quais se encontram. Nestes termos, tem-se o entendimento do Egrégio Tribunal do Estado do Acre, exposto no julgamento da Apelação Criminal n. 2006.050.02604 e, posteriormente, confirmado em Recurso Extraordinário, da relatoria da Desembargadora ROSITA MARIA DE OLIVEIRA NETTO:

“COMPANHEIRA. INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA. TRAFICO ILICITO DE ENTORPECENTE. ABSOLVICAO. Apelação Criminal. Companheira de traficante condenada a prática do crime previsto no art. 12 da Lei 6.368/76. Inexistência de provas de que a mesma estivesse em união de desígnios com o 2. denunciado. O simples fato da acusada residir no local onde foi apreendido o material entorpecente não pode, por si só, ensejar sua condenação. Inexistência de prova quanto ao fato da apelante ter concorrido para o crime. Mesmo sabendo que o companheiro guardava o material entorpecente dentro da residência, era inexigível conduta diversa pela apelante que afirma ser aquele o proprietário do material apreendido. Recurso conhecido e provido para absolver a apelante A.T.S. na forma do artigo 386, VI do CPP. Expedindo-se imediatamente alvará de soltura, a ser cumprido se por "AL" não estiver presa.”

Por fim, cabe àquelas que transportam, comumente no próprio corpo, drogas para os companheiros, namorados ou filhos, residentes nos presídios, a maior parcela na atividade mercantil ora em análise. Segundo a criminóloga Doris Maria Frossard, especialista em ciências penais, estas não se sentem criminosas, mas sim usuárias, justificando seu comportamento pelo lado afetivo, ilustra ela, que desenvolve um estudo sobre a hierarquia no tráfico de drogas.

De todo modo, é notória a evasão sentimental feminina. Movidas pelo “amor bandido”, elas arriscam suas vidas, tornam-se mais fortes e desempenham a função que lhes cabe com presteza, no comércio das drogas, obtendo, mais uma vez, seu espaço e a igualdade de direitos pela qual tanto lutaram em relação aos homens.

Referências:

http://www.mp.go.gov.br/portalweb/1/noticia/97021a6d68d1853f55dbbb851a2b8225.html

http://www.tjac.jus.br/

PS. Resolvi escrever algo que não maluquices, como de costume. Espero que gostem.


NASSERALA, Nassara*

sábado, 5 de março de 2011

"Imensurável"

Ás vezes, só é necessário um momento...

Pra sorrir, quando a dor toma conta;

Pra falar; quando calar sentencia.

Pra dizer – Eu te amo e salvar um grande amor.


Um momento,

Pra curar feridas que durariam a eternidade;

Pra fazer escolhas que mudariam o mundo;

Pra ser feliz no sonho mais profundo.


Um pouco menos que isso,

Pra salvar uma vida;

Ver raiar o dia;

Dançar, caminhar...

Ou chorar na despedida.


É muito pouco que se precisa,

Pra mudar uma vida (nossas vidas).

Um abraço, a melodia harmônica, o simples olhar...

O vôo da borboleta aqui a tufar.


Tudo inicia ou finda, não importa.

Será só mais um convite ou o mais belo adeus.

Mais um momento,

relógio do tempo que não se perdeu.


NASSERALA, Nassara*

domingo, 23 de janeiro de 2011

Lucky

Sou.

Só Sua; solidão.

Seu silêncio...


Suasivo sentimento,

Sempre sem saber...

Se, será sim (assim).


Surdez “sapientológica” soa sua solvência.

Sabedoria simbólica:

Soma, se sobra.

Solta, se sopra.


Siga(-me)!

Sete sombras, solos, signos.

Similar sabor secial.


Súbito sorriso, sórdida solidão.

Sua sina,

Sou sorte, sublimação.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Felicidade

E na busca pela tão almejada felicidade encontrei a minha família. Nos primeiros segundos desse ano, era com eles que eu estava, dentro de um carro, olhando os fogos de artifício a brilhar no céu de Rio Branco. Apesar de todos os pesares do ano que passou, eu finalmente me senti FELIZ ao lado deles. E não, não havia outro lugar onde eu quisesse estar naquele momento. Minha felicidade ontem, hoje e sempre estará no amor (incondicional) que dou e, em troca, recebo deles.

Dedico, pois, o primeiro post do ano à minha Família, meu chão.
E desejo à todos, principalmente para mim, um ano repleto de felicidades como esta que relatei.

Que venha 2011! Tô pronta pra ser feliz!

Nassara Nasserala