Quando o céu turvo ameaça,
de certo choverá.
Tudo desmorona, a verdade é que vem à tona.
O peso das nuvens, o vento, até os santos...
Todos coadjuvantes do espetáculo pluvial.
É certo que, mesmo drástico,
consegue ser imparmente belo.
Os raios, trovões...
Apenas luz, música e choro.
Mas o melhor ainda está por vir.
A baunilha cobre todo o horizonte,
E, só pelo amargo, o doce se torna muito além de doce.
É o ciclo de tudo (ou quase tudo).
Até do que eu estava a falar.
Que se bem prestas atenção,
nada de literal terá.
Nassara Nasserala*
