sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Pra não dizer que não falei

Não quero falar de dor

Nem do cinza que se tornou tudo isso.

Não quero dizer, pois, que me perdi.

O caminho é o mesmo, pedras não mudam rotas, retardam a chegada.

Não vou pensar.

Nunca encontro saídas, melhor não arriscar.

Vontade de esquecer é lembrar.

Querer e desejar, pecado; amar...

É tudo ausência,

De mim, de você.

Do tempo e pensamento.

Até quando perdurar

Por onde eu for,

Dúvidas irão me acompanhar.

Já não me importa mais dizer

Que viver é não saber.

Só quero uma certeza

Mas essa não cabe aqui dizer.


NASSERALA, Nassara*

domingo, 21 de novembro de 2010

Janela

Da janela vejo um mundo

Atraente, fácil de viver;

Como filme em câmera lenta,

Vejo pessoas e a exatidão de seus movimentos.

Leio, pois, seus pensamentos. (Desorientadores)


Separa-me do meu universo

Medidas de sentimentos,

um bocado de razão

e a pitada de destino.

Meu caminho é outro; esse não.


Por mais difícil que seja seguir sozinha

Olhar pela janela da vida é sempre ilusão

De ser ou não ser; Sonho, realidade.

Eu sei.

E você, de que lado está então?


De dentro, a sorrir e cantarolar

Sabendo onde findará.

Palpável e ocular.

De fora, só na espera,

Quimera.

Fantasiar, por vezes viajar

Sem começo, fim, só sonhar.


Vem comigo, te mostro por onde entrar

a janela da vida não se faz avistar

transcende e te custará esse mundo,

no qual você nunca mais desejará estar.

Nasserala, NASSARA.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Aprendendo a viver

E quando entendi o porquê de tudo,

O “tudo” virou nada.


Perguntava-me sobre o universo,

Homens e mulheres; ações.

Respostas simples, óbvias e perdidas.

Experiência vivida.


Algumas despedidas;

Os finais sem pontos; tudo me trouxe um pouco de sabedoria.

Sinto-me maior e, talvez, por isso, menor.


Aprendi a aceitar a onda a que vem.

Afoga ou traz à tona, tanto faz.

O importante é entender: nada que vem é acaso.

Tudo é resultado.


Descobri que mentiras conseguem ser verdadeiras

Que pessoas não são, estão.

- Estou Nassara ou seria Arassan?

Que errar é bom e só acertar é chato.


Amor é personalíssimo,

Mas pode ser no plural.

Nunca é igual, justo e só feliz.

- É assim? Não é amor, então.


Sonhos? Minha inspiração.

Idéias? O mundo enlouqueceria com as minhas.

Comer e Dormir? Pouca necessidade. Puro vício.

Escrever e Pintar? Ainda vou saber.


Hoje, eu sei que viver é só caminhar.

Você chega até onde acreditar pelo caminho que trilhar.

Quer me encontrar?
Siga as estrelas, no céu, noite de luar.

É o meu limite.

Onde quero chegar.


Nassara Nasserala

domingo, 20 de junho de 2010

arassan*



Hoje.

Dois um, dois.

Dia de Machado e dela, coincidência ou destino?

Mês do meio; centro; divisor de águas.

Comemora-se a primavera,

Anuncia-se a chegada do inverno e astrologicamente sentimentos no ar.


Não haveria melhor data se não esta.

Para aquela que possui todo um mundo dentro de si e um vazio profundo.

Mundo novo, cheio de loucuras, ou seriam verdades?

Depende de quem vê.

Aqueles que olham, nada sabem.


Assim como ar nos pulmões ela tem sonhos no sangue, na alma e noutra vida.

Castanho nos cabelos, rubros lábios, todas as cores no espírito.

Sabe o que quer.

Mas, Sabe, também, que finais são novos recomeços.

Enquanto não se acorda, tudo se pode fazer, ser.

E ela é.

Todas numa só.


Honra-se do nome e das origens.

Acredita em fadas e nos seus contos.

“Vive no mundo da lua olhando estrelas”.

E, continua, sempre, na espera dos dias que pinta em sua mente.


Hoje,

É meu dia.

Vinte um dias, vinte um anos.

Comemoro ou enlouqueço?

Na verdade, preferia ver um coelho branco, como Alice.

Conheceria o meu mundo dos sonhos e o faria minha realidade; (mais feliz).


NASSERALA, Nassara*

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Smile

o de 201

Já notou a imensidão de um sorriso?

Imensurável, belo cintilar de dentes e olhos.

Descrevo-a como se história fosse,

Do início ao desfazimento.



Motivo incerto, com ou sem razão.

Lateralmente tímido, desesperançoso.

Mutação; de lagarta a borboleta.

E o porquê insistente,

Traz ao meio dos lábios,

"imparmente" perfeito.



Chega-se ao ápice.

“Ao brilho dos olhos comparável a luz do luar”

E, partindo dos céus volta-se a terra.

De ontem tudo começou,

Com ou sem porquês.

Só pra terminar, por fluxo natural.

Até quando haja razão (e até sem ela) para sorrir novamente.


NASSERALA, Nassara*

domingo, 13 de junho de 2010

Amar

Verbo intrometido, no infinitivo, tão infinito...

Talvez nem tanto, por hoje já seria o bastante.


Além do que se vê e do que se possa descrever.

Às vezes certo, incerto; Cinza ou colorido;

Uns com estrelinhas, outros fúnebres.

Todos amor.


Amor é amor até quando e quanto se pode tê-lo.

Dar-te-ia como conselho não amar

Mas, como seguir? Não se escolhe.

Quem ou quando.

Ama-se e “desama-se” assim...

Sem qualquer explicação ou licença.


Esqueça as lógicas, matemáticas os horóscopos.

Os anjos brincam...

“Uni-duni-tê...”

Escolhi você.


E o que fazer então?

Envenene-se.

Como vinho de Dionísio, beba-o até o último momento.

Chegue aos céus, cumprimente Afrodite

e quando acabar, não tenhas dúvidas,

Renascerá.

Porque amor é ciclo.

Do fim ao novo começo.


NASSERALA, Nassara *

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Real

Certa noite sonhei que me perdia.

Mais um dia cinza, "normais pessoas"

cachorros, casas e até o vento eu podia sentir.

Não sabia bem ao certo pra onde estava indo;

Não haviam placas indicando o caminho

E eu simplesmente caminhava em direção ao desconhecido.

Passei por você e não fui notada.

Gritei e ninguém ouviu.

Aquele que ouviu sequer entendeu o que eu dizia.

Talvez fosse dialeto próprio e morto; Não sei,

não houve comunicação, não houve ninguém para quem eu pudesse pedir ajuda ou que estivesse caminhando na mesma direção.

Ainda assim, segui.
medo e ansiedade confundiam-se,

Afinal, estranho não saber quem é, onde está e para onde vai.

Mas a certeza de que a caminhada tinha fim e novo começo

e de que a glória lá estaria a me esperar

Guiaram-me.

E já não sentia mais os passos, o corpo.

Era só mente e espírito;

Eu e pensamento;

Acordei.

Ou será que comecei a dormir?

NASSERALA, Nassara *

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O (meu) mundo em cores

E começa com a idéia do belo naquilo que você ignora.
Eu vi. (vivo)
Transmito em cores e traços o verdadeiro sentido da vida, do mundo em que sonho estar.
Condinome Alice, mas a maravilha de país fica só pra quem aceitar conviver com meu infinito de idéias particular.
Dou-te, para que sintas o doce amargo sabor, um universo de cores
Para cada vazio. Para cada falta. Para cada ... (silêncio)
No branco da tela que és tua vida pinto bordô,
Para que te lembres amor sem o qual você daria graças; sem dor.
Faço traços em celeste, amarelo e preto.
Pela esperança de que um dia leias meu pintar e compreendas como é difícil viver de sonhar.
Siga as luzes, te guiarei pelo escuro persistente até que voltes, em círculos, ao lugar da partida.
Lamento, mas a chegada será uma incógnita. (``Eu lá sei dar respostas``)
Finalizo em branco, com duas letras.
Para que não te esqueças que a cor da tela sai destas mãos
E que final, enquanto rio corrente, é incolor, inodor, indolor.

segunda-feira, 8 de março de 2010

sobre as estrelas

Falar de estrelas,
De como elas surgem e se escondem com a noite ( e que noite...)
Dos altos e quedas.
Cadentes ou decadentes?

Encontro-as mesmo dormindo.
Nos sonhos; mais perto do que eu possa explicar.
Nos olhares e sorrisos; nos abraços e naqueles beijos.
Elas cintilam, saltitam, lembram crianças...
Uma beleza imensurável, um significado único.

Amo-as.
Sua beleza, o sentido...
E, mais, o brilho.
Brilho que não se pode reproduzir, descrever.
Contente-se em admirar.
Tarefa árdua, quando não se consegue entendê-las.

Como dizer, pois, que não só as conheço, amo e admiro?
Eu as sinto.
Nos olhares, nos sorrisos, nos abraços...
Não mais naqueles, mas nestes beijos.

E agora, por estas mãos
Ofereço-as minha gratidão
Pelo sentido que trazem a minha vida
E brilho concedido até então.


Nassara Nasserala Pires

sábado, 6 de março de 2010



Quer um conselho?
Seja todos em um.
Tudo no nada.
O também, o além e até ninguém.
Cada um em cada tempo, para cada momento ou estação.
Só há uma escolha, a indecisão.
Ser ou ser então?

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sopro

Quer tempo? Compre-o
Enquanto ainda se pode comprar...
Não que muito exista. É muita oferta enquanto ele te procura.
Não se esconda, ele te acha.
Preocupar-se com isso só o traz mais rapidamente a seus pulmões; ao coração.

Tempo é vento. Não acaba, corre.
Corra atrás do seu. Sinta e viva-o intensamente.
Se não passa e você só sente.
Que fazes, aqui, se sabes e aconselha?
Respiro e sopro a você.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


Ás vezes penso que o diferente existe.

Não sei se em virtude do descontentamento que o comum me traz, ou se é mera fantasia, como muito há nesta mente que aqui atua.

De todo modo, vivo isso como verdade.

Na procura daquilo que mudaria uma vida, encontro mentes que insistem em mantê-la só como o é.

Conto à eles que é mentira? Que a verdade é o que não se sabe; o certo é que é errado e o errado nada mais é do que aquilo que gostariam que não fosse, mas não é.

Quer saber? guardo em segredo. Eles tem medo de saber, viver e ser o que realmente são.

Eu sou Nassara, que nada sabe de si como absoluto, que vive aqui e noutro mundo, só mais esse segundo...