quarta-feira, 9 de junho de 2010

Real

Certa noite sonhei que me perdia.

Mais um dia cinza, "normais pessoas"

cachorros, casas e até o vento eu podia sentir.

Não sabia bem ao certo pra onde estava indo;

Não haviam placas indicando o caminho

E eu simplesmente caminhava em direção ao desconhecido.

Passei por você e não fui notada.

Gritei e ninguém ouviu.

Aquele que ouviu sequer entendeu o que eu dizia.

Talvez fosse dialeto próprio e morto; Não sei,

não houve comunicação, não houve ninguém para quem eu pudesse pedir ajuda ou que estivesse caminhando na mesma direção.

Ainda assim, segui.
medo e ansiedade confundiam-se,

Afinal, estranho não saber quem é, onde está e para onde vai.

Mas a certeza de que a caminhada tinha fim e novo começo

e de que a glória lá estaria a me esperar

Guiaram-me.

E já não sentia mais os passos, o corpo.

Era só mente e espírito;

Eu e pensamento;

Acordei.

Ou será que comecei a dormir?

NASSERALA, Nassara *

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