Certa noite sonhei que me perdia.
Mais um dia cinza, "normais pessoas"
cachorros, casas e até o vento eu podia sentir.
Não sabia bem ao certo pra onde estava indo;
Não haviam placas indicando o caminho
E eu simplesmente caminhava em direção ao desconhecido.
Passei por você e não fui notada.
Gritei e ninguém ouviu.
Aquele que ouviu sequer entendeu o que eu dizia.
Talvez fosse dialeto próprio e morto; Não sei,
não houve comunicação, não houve ninguém para quem eu pudesse pedir ajuda ou que estivesse caminhando na mesma direção.
Ainda assim, segui.
medo e ansiedade confundiam-se,
Afinal, estranho não saber quem é, onde está e para onde vai.
Mas a certeza de que a caminhada tinha fim e novo começo
e de que a glória lá estaria a me esperar
Guiaram-me.
E já não sentia mais os passos, o corpo.
Era só mente e espírito;
Eu e pensamento;
Acordei.
Ou será que comecei a dormir?
NASSERALA, Nassara *
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